Os 100 Doramas: Autoconhecimento / Slice of Life

Voltamos nessa sessão do blog para falar daqueles dramas que tratam primordialmente da jornada do(s) protagonista(s) em direção ao crescimento pessoal, à superação de seu passado, ao autoconhecimento ou algo similar. Tem romance? Até tem, mas não mais importante do que essa trajetória ascendente. Muitos deles ainda contam com essa carinha de “slice of life”, um termo que conheci quando lia mangás e denomina essas histórias sobre pessoas normais em empregos normais e seus dramas pessoais.

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47) A Poem a Day (Coreia do Sul – 2018) – Nota 8,5:
Resenha completa aqui. Uma história fofinha e sem grandes dramas sobre uma equipe de fisioterapeutas de um hospital e seus conflitos cotidianos. Nossa protagonista emocionada tem um histórico nada bom de romances e acaba de sofrer uma desilusão no trabalho quando as coisas começam a mudar. Sempre encarada como muito apaixonada e um verdadeiro tapete humano, ela não exatamente muda durante a trama mas perde um pouco essa inocência e confiança excessiva até desenvolver uma romance saudável. Todos os personagens têm defeitos, o que os torna mais reais apesar de caricatos.

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48) Age of Youth (Coreia do Sul – 2016) – Nota 10:
Resenha completa aqui. Um dos melhores representantes do gênero, nesta história acompanhamos um grupo de cinco garotas no início da vida adulta e vindas de contextos diferentes, unidas pela convivência em uma república estudantil em Seul. Impossível não se apegar a elas e adorar cada episódio desse drama, que foi bem progressivo na Coreia ao tratar de relações tóxicas e assédio contra a mulher, prostituição e desejo sexual feminino, tudo mantendo o humor e os tons pasteis para não chocar a audiência.

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49) Age of Youth 2 (Coreia do Sul – 2017) – Nota 10:
Resenha completa aqui. Talvez eu goste mais desse daqui do que da primeira temporada. Substituímos uma das personagens, mas mantemos a belezura do drama com histórias contadas de forma leve mas que tinham tudo para serem pesadas. Aqui também se fala de TEPT e outros transtornos mentais, relações homoafetivas, alienação parental e pedofilia, sempre conseguindo ao mesmo tempo não chocar o espectador coreano suficientemente para o afastar. O roteiro e as atuações dessa série é sempre um primor.

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50) Fight For My Way (Coreia do Sul – 2017) – Nota 9,5:
Resenha completa aqui. Quatro amigos vivem em apartamentos próximos na zona não-glamurosa da cidade e estão tentando realizar sua caminhada em direção a seus sonhos, que podem variar tanto de ser um lutador profissional a ser simplesmente uma mãe e dona-de-casa, enquanto se sustentam em trabalhos que não são exatamente o que queriam mas pagam as contas. Ao longo da história alguns conseguem chegar bem próximo a essa felicidade almejada e outros descobrirão que podem ser igualmente contentes com algo similar e uma mesa cheia de amigos.

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51) Itaewon Class (Coreia do Sul – 2020) – Nota 9,0:
Resenha completa aqui. Um dos poucos dramas que me chamou a atenção esse ano, “Itaewon Class” não tem muito de slice of life porque a premissa é bem viajandona, mas tem bastante de autoconhecimento para nosso protagonista, que passa de um jovem adolescente justiceiro e solitário para um adulto que repensa sua vingança e aprende que precisa de outras pessoas para ser feliz. Tem romance? Tem. Esse é o foco? Claramente não. Estamos aqui pela jornada do protagonista.

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52) Kahogo no Kahoko (Japão – 2017) – Nota 8,5:
Resenha completa aqui. Daquelas histórias fofinhas que só o Japão sabe fazer sobre uma menina que foi super-protegida a vida inteira e, quando adulta, precisa começar a encarar o mundo e cortar o cordão umbilical, o que acaba trazendo revoluções em toda sua família. E conseguiram criar uma personagem que não seja chata mesmo sendo tão insuportavelmente inocente.

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53) Thirty But Seventeen (Coreia do Sul – 2018) – Nota 9,5:
Resenha completa aqui. Esse daqui era daqueles dramas que poderia colocar em múltiplas categorias mas no final acho que a jornada dos protagonistas é o mais importante aqui, apesar de ter a parte do romance bem envolvida. Um deles sente uma culpa imensa por acreditar não ter podido salvar o outro de um acidente fatal enquanto o outro precisa se reacostumar com a vida ao despertar de um longo coma em uma idade bem diferente daquele em que se percebia. É um drama cheio desses crescimentos e amadurecimentos e o faz de uma maneira cheia de comédia e tons primaveris. Ou seja, a receita para me conquistar.

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54) Zenkai Girl (Japão – 2011) – Nota 9,0:
Resenha completa aqui. A história de crescimento é toda de uma protagonista que teve sua cota de traumas quando criança vendo o pai tentar cuidar dela e baseou toda sua existência em conseguir virar uma mulher de carreira e fazer um casamento vantajoso, apenas para quando está bem próxima de conseguir esse objetivo começar a questionar suas motivações e a real felicidade que isso lhe traria. Tem um romance bem fofinho e uma protagonista que você começa odiando mas que compreende melhor quando entende suas motivações.

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