J-Drama: Kahogo no Kahoko (2017)

mk3gPf.jpgHá algum tempo atrás eu cheguei a começar esse drama, achar interessante, mas não segui à frente e o deixei para alguma outra época. Na minha onda japonesa atual finalmente chegou o momento para tal.

Nemoto Kahoko (Takahata Mitsuki) é a filha única e princesa absoluta de sua casa, comandada com pulso firme pela mãe Nemoto Izumi (Kuroki Hitomi). Há uma narração feita em segundo plano pelo personagem que também é um coadjuvante na dinâmica de casa: o pai Nemoto Masakata (Tokito Saburo). É o pai que nos apresenta Kahoko a partir de seu ponto de vista: uma filha que havia sido muito desejada e pela qual os pais fizeram muitos tratamentos para ter, que sempre foi tratada como um bibelô de porcelana por todos na família (inclusive a estendida, como avó, tios e primos). Superprotegida por todos os lados, Kahoko nunca foi exposta às durezas da vida e sua existência é uma nuvem cor de rosa até que começa a se aproximar do final da faculdade e a necessidade de um emprego aparece. A mãe, como sempre, tenta mover seus pauzinhos (sem sucesso) para arranjar uma posição para a filha, que nem ao menos sabe o que quer fazer e o porquê das pessoas trabalharem.

DEg1NcCXsAUqYRz.jpgAo mesmo tempo em que o insucesso em conseguir um emprego se torna uma realidade, Kahoko conhece por acaso, no campus da faculdade, Mugino Hajime (Takeuchi Ryoma), o seu completo oposto. Hajime foi criado em um orfanato e a partir dos 18 anos passou a se bancar enquanto tenta seguir seu sonho de ser um pintor. Quando conhece alguém como Kahoko, Hajime parece não acreditar que alguém possa ter sido tão mimada a ponto de não perceber o quão privilegiada é e muitas das suas atitudes são pura ironia e desprezo pela criação da moça. Kahoko, entretanto, é muito inocente (e ao que parece também um pouco autista) e esse choque de realidade parece tudo o que ela precisava para sair de sua bolha e ser exposta às dificuldades da vida. Kahoko passa a procurar a amizade do rapaz e seus conselhos sobre os passos a seguir na vida, que vão diretamente contra os pensamentos de sua mãe, e começa a finalmente pensar com a própria cabeça e até a se rebelar contra as diretrizes que a mãe criou para sua vida.

E claro, Kahoko também se apaixona por Hajime e tem muita dificuldade para lidar com seu primeiro amor e sua primeira rejeição, ainda mais porque Izumi detesta a perspectiva de um genro que não está no mesmo nível de sua família. Enquanto isso, a prima de Kahoko, a musicista Tomita Ito (Kubota Sayu) está passando pela maior crise de sua existência e Kahoko, com seus modos gentis e um pouco perdidos, não sabe como ajudá-la. Isso acarreta na aproximação de Hajime e Ito e, ao que parece, uma atração mútua. O evento com Ito, somado a outras coisas, começa a minar a união perfeita que a família materna de Kahoko parecia ter. Temos problemas de saúde e questões mentais que nunca foram endereçadas antes, separações e a rebeldia de Ito, tudo contribuindo para destruir a harmonia e felicidade que a moça tinha como tão garantidas. A família do pai não está em situação melhor, com o avô sempre adiando a resolução dos problemas e a avó descontente com a volta da filha adulta divorciada para casa e seus planos mirabolantes de como ganhar dinheiro que na verdade fazem a família perder suas economias.

kahokaho_1000028.jpgO romance pode deixar um tanto a desejar pois a história não se dedica com exclusividade a isso e sim como uma nota adicional em um plot cada vez mais voltado para a valorização da união familiar. Adianto que nem mesmo um beijo acontece, o que é um tanto enervante pois parece que o casal principal pula algumas etapas de um namoro e parte logo para o que seria seu final feliz. Exatamente por essa mudança no foco da história ocorrida entre os primeiros e últimos capítulos temos uma diminuição das partes sobre Hajime e Kahoko e é a parte em que meu interesse foi para o chão (somado à prima insuportável da protagonista…). Só retomamos a história original no último capítulo, que também é fraco toda a vida e dá um desfecho nada a contento para a história.

Existe uma continuação de 2018 que na verdade é um especial e planejo assistir só quando não tiver mais nada interessante para ver…

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